Sopa de Casamento

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A Sopa de Casamento é um prato típico de Portugal. Feito a partir do molho da chanfana é rico em gordura e sucos da carne.

Cozem-se as couves, de preferência lombarda ou troncha. Numa caçoila de barro dispõe-se uma camada de couves cozidas, uma camada de pão em fatias e assim sucessivamente até acabar com as couves. Deita-se por cima o molho, aquecido, da chanfana. Vai ao forno quente para apurar e tostar um pouco.

Era tradicionalmente utilizada nos casamentos durante o ritual de “troca de colheres” , onde os noivos depois de trocarem os votos tinham que dar sopa à boca um do outro a fim de consagrarem o seu amor. Diz-se também que o último pedaço de couve teria que ser disputado à dentada.

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Hoje em dia a sopa já é muito pouco utilizada durante “este” ritual de casamentos, restando desta prática os ditados populares: “só casa quem põe a colher na boca”, ” há falta de couve, a mulher tem sempre a colher”, e também a antiga superstição: “couve no dente, é sinal de casamento”.

Esta sopa é feita no concelho de Miranda do Corvo, com o aproveitamento do saboroso molho da chanfana, muito rico em gordura e nos vestígios de carne.  Tal como a chanfana, é cozinhada numa caçoila de barro, indo ao forno apurar.

A história desta sopa tradicional da cozinha de Miranda do Corvo prende-se com a do prato que lhe deu origem, tendo sido criada no decorrer das invasões francesas, época marcada pela escassez de recursos e que exigia que se fizesse um aproveitamento criterioso dos ingredientes. Até há algumas décadas atrás, a carne comia-se apenas em épocas especiais – festas e casamentos – e os legumes provenientes das hortas, assim como o pão, maioritariamente caseiro, eram os alimentos mais consumidos pelos portugueses. Assim, não se poderia desperdiçar quaisquer sobras de um prato de carne e, comida a Chanfana, fazia-se (como ainda se faz) a deliciosa Sopa de Casamento com o seu molho.

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Manda a tradição que os noivos ofereçam o almoço aos convidados no dia seguinte ao casamento. Na época, como já não havia carne suficiente, fazia-se a sopa que se enfeitava com os pedaços de carne ainda disponíveis.

 

  • carne
  • couve lombarda
  • molho da Chanfana
  • pão duro

 

Leve as couves ao lume, não as deixando cozer na totalidade. Coloque o pão, partido em pedaços, no fundo da caçoila. Sobre o pão duro, disponha as couves, sem escorrer.

Junte os bocados de carne da chanfana desfiados e, por fim, um pouco do molho da mesma. Leve a caçoila ao forno e deixe a sopa cozer no molho.

 

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